Parece
que só agora em 2012 foi possível a realização de inúmeras benfeitorias para a
comunidade e servidores municipais em Quissamã. Esse é o questionamento do
vereador Nilton Furinga, que aponta algumas dessas situações e quer saber justamente
o porquê dessas ações só estarem acontecendo agora, a poucos meses da eleição
municipal que ocorre em outubro.
Na sessão
do dia 18/04 ele parabenizou mais uma vez o Executivo pela qualidade do “kit
escolar”, que está sendo entregue aos alunos do município, mas chamou a atenção
de que nos anos anteriores, as crianças não receberam este kit, mas tiveram que
estudar do mesmo jeito.
Ele
comentou ainda uma colocação feita na sessão anterior por vereadores da bancada
governista, que acusou os vereadores da oposição de reclamarem quando o governo
não faz e também quando o governo faz. “Eu não estou reclamando, pelo contrário
estou elogiando, a única coisa que chamo a atenção é que de que em 2009, 2010 e
2011 não teve esse kit e as crianças tiveram que estudar do mesmo jeito e
recaiu sobre os pais a compra desse material, e em 2012 finalmente chega um kit
maravilhoso. Ninguém é contra porque estão dando, só levantando a questão de
que anos anteriores não foi distribuído”, esclareceu.
Outra
situação apontada pelo vereador é o projeto do Executivo que institui o
pagamento de gratificação por Regência aos professores municipais, lembrando
que os professores aguardam há 16 anos por esse benefício, ultrapassando mais
de três ou quatro mandatos. “Vamos completar oito anos de mandato do atual
prefeito, sete anos se passaram com arrecadações recordes e em momento algum
essa questão da regência dos professores foi lembrada”, apontou o vereador.
Ele
destacou ainda que em momento algum anterior a apresentação deste projeto, a
Casa discutiu essa matéria. “Há uma contradição, porque eu já
ouvi falarem de que coisas não aconteceram porque foi dado um golpe nesta
Casa, e ouço outro vereador falar que está vencendo o prazo de uma lei de
anistia de obras irregulares, sendo que o Executivo enviou para esta Casa esse
projeto de lei, que foi aprovado em maio de 2011, com a câmara em crise”,
lembrou.
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“Em
momento algum a situação da câmara prejudicou o governo de gastar e se o
prefeito é bom administrador esqueceu-se de combinar com a Firjan que fez uma
pesquisa e apontou o município com dificuldades de gestão financeiras.”
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Furinga
esclareceu ainda que mesmo com a câmara em crise nenhum projeto deixou de ser
votado, foram apresentados 27 projetos de suplementação de verba, 24 leis de
suplementações foram votadas e aprovadas até 30/06. “É ai que existe o
contraditório, pois, segundo informações oficiais o município virou o exercício
com uma arrecadação de R$ 27 milhões em caixa, e ouço que isso foi fruto de uma
grande administração porque o prefeito soube economizar, e depois ouço que ele
não fez nada por causa da situação da câmara”, questionou.
Ele
lembrou ainda que uma das primeiras providências da atual mesa diretora foi dar
ao prefeito 30% de suplementação para que ele gastasse como bem quisesse sem
ouvir a Casa. “Em momento algum a situação da câmara prejudicou o governo de
gastar e se o prefeito é bom administrador esqueceu-se de combinar com a Firjan
que fez uma pesquisa e apontou o município com dificuldades de gestão
financeira”, ressaltou.
O
vereador esclareceu que está levantado essas situações para que as pessoas
façam sua reflexão. “Tivemos um problemas na câmara por um ano, mas nos
outros seis anos onde estava, por exemplo, a preocupação com este
profissional?”, perguntou, se referindo aos professores e a questão da
regência.
“E só num
ano de eleição que o governo vem reconhecer esse profissional! Faço uma
observação, pois os professores são um segmento formador de opinião e eles
sabem porque só estão sendo valorizados em ano eleitoral, pois dinheiro não
faltou em nenhum desses sete anos e além disso, acredito mais numa valorização
salarial real e não num penduricalho, pois essa já existiu, deixou de existir e
volta agora novamente”, ponderou. “Mas, que outros benefícios que nesses sete
anos não tiveram tempo de chegar a esta casa, venham e vamos aprovar, mas não
vou deixar de fazer essas considerações, pois as pessoas precisam refletir
sobre essas situações”, finalizou Furinga.
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