A
imprensa regional divulgou essa semana a notícia de que um advogado chamado Marcelo
Antônio Pinto dos Santos, encaminhou ao presidente do Tribunal de Justiça do
Rio de Janeiro (TJ-RJ) uma notícia crime por formação de quadrilha e fraude a
processo licitatório, na Câmara Municipal de Quissamã.
Segundo consta
nas notícias divulgadas, o advogado Marcelo Antônio Pinto dos Santos, denuncia
o suposto esquema que estaria relacionado a duas ações licitatórias na Câmara
de Quissamã e envolveria vereadores, advogados, procuradores, empresários e
membros da Junior Chamber International (JCI).
A notícia
crime por formação de quadrilha e fraude a processo licitatório, pleiteia que o
TJ adote providências legais, remetendo ao Ministério Público Estadual
documentos que comprovem os supostos crimes (art. 90 da Lei 8666/93) e (art.
288 do Código Penal).
As
notícias relatadas na imprensa dão conta de que o advogado Marcelo Antônio explica
que o operador desse esquema seria o advogado Luís Felippe Klem. “Ele realizava
a conexão das empresas com a Mesa Diretora da Câmara, através da vereadora
Maria de Fátima Pacheco e dos vereadores Marcio Oliveira Pessanha, Francisco
Xavier da Conceição Filho e Luiz Carlos da Fonseca Lopes. Esses vereadores são
clientes do Dr. Luís Felippe Ferreira Klem de Mattos em processos em trâmite no
Tribunal de Justiça deste estado, bem como em processos de 1.° instância. Por
sua vez também figura como diretor jurídico da Ciden, empresa vencedora da
Carta Convite n.° 9/2011”.
A
denúncia trata que: “O suposto esquema de fraude demonstra-se tão amador que os
valores praticados pelas empresas para a prestação dos serviços possuem uma
margem ínfima de variação pecuniária de uma empresa para outra, ensejando uma
falsa impressão de legalidade e escolha do serviço mais vantajoso”.
Na
tentativa de se justificar o advogado Luís Felippe Klem de Mattos afirmou em um
jornal da região que não houve qualquer tipo de influência no processo
licitatório e atacou o jornalista Roberto Barbosa por ter divulgado em seu blog
a notícia da suposta fraude.
A Denúncia
A Noticia
crime se refere a duas ações licitatórias, a Carta Convite nº 09/2011 para o
Curso de Treinamento e Capacitação Profissional para os servidores da Câmara,
que custou aos cofres do Legislativo R$ 74.500 mil, e as empresas participantes
foram a IBRATE, CIDEM e L.M. Recursos Humanos, e a CIDEM foi a vencedora. E a
Carta Convite nº 02/2012 para Elaboração de Plano de Cargos e Salários dos
Funcionários da câmara, no valor de R$ 45 mil, com as empresas participantes,
Alvitos Advogados Associados e L.M. Recursos Humanos, UP Engenharia S/S LTDA, e
a vencedora foi a L.M. Recursos Humanos.
O
denunciante explicita na notícia crime que o Procurador da Câmara, Gabriel
Bueno Siqueira e a Assessora Jurídica Erika Monique Chaves, pertencem ao mesmo
escritório do Dr. Luís Felippe Klem de Mattos, e que nas duas ações
licitatórias o procurador teria emitido parecer favorável ás contratações e que
o todo o processo de licitação teve como objetivo comum o enriquecimento
ilícito, decorrente de violação a lei de licitações e superfaturamento na
prestação de serviços, já que todas estas ações teriam ficado restritas às
empresas dos aliados do Dr. Felippe Klem a fim de beneficia-los.
De acordo
com o Artigo 90 da lei de licitações, essas práticas são consideradas crimes,
com pena de detenção de dois a quatro anos e multa e caso as condutas sejam
praticadas em associação visando prática criminosa, ainda há previsão no artigo
288 do Código Penal, de que a formação de quadrilha com reclusão de um a três
anos.
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