Prédio bombardeado em Homs: enquanto as duas partes não chegam a consenso, violência continua
(Waseem Al Qusoor/Reuters)
O cessar-fogo entre a oposição e o regime sírio
ficou mais distante da realidade nesta segunda-feira depois que os
rebeldes rejeitaram no último minuto novas exigências do governo, feitas
apenas 48 horas antes de baixarem as armas.Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
A oposição diz que as novas exigências são uma conspiração do ditador Bashar Assad para desestruturar o plano de paz do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan. Já o regime sírio questionou a eficiência do plano e disse que não queria que os rebeldes tivessem a chance de se reorganizar após o cessar-fogo.
Com a proximidade do prazo final para o fim dos ataques, a violência aumentou na Síria. Somente no domingo, 70 pessoas foram mortas no país. Somando com os números de sábado, o total de mortos chegou a 180 no final de semana.
Comunidade internacional - Agora, o governo começou a bombardear também os campos dos refugiados, que abrigam milhares de sírios que fugiram dos massacres de seu país. Nesta segunda-feira, a Turquia informou que um tradutor turco e dois sírios ficaram feridos no campo de refugiados de Kilis com tiros disparados do lado sírio da fronteira. Também nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, visita a Rússia, o principal aliado sírio, o que pode ser crucial para as negociações de paz.
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