quinta-feira, 29 de março de 2012

Pacientes reclamam de demora no atendimento na UPA de Irajá, no Rio


Pacientes da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Irajá, no subúrbio do Rio, reclamam da demora do atendimento médico na unidade. Durante toda a noite de quarta-feira (28) o movimento foi intenso na UPA.
Adílson Paim, de 65 anos, ficou dois dias internado na UPA, conforme mostrou o Bom Dia Rio. A família do aposentado reclama que não havia ambulância para que ele fosse transferido para um hospital.

Antes de ser levado para a UPA, Adílson passou mal em casa e foi socorrido por familiares.
“Nós queremos uma solução para o caso do meu pai. Ele chegou aqui lúcido, andando e nesse horário ele ainda não foi transferido porque eles estão alegando que não tem nenhuma vaga no hospital público, que não tem ambulância para fazer a remoção dele para qualquer outra unidade”, desabafou Rodrigo Paim, filho do paciente. Adílson Paim foi transferido no fim da noite de quarta, segundo a própria família.
Rafaela dos Santos ficou quatro horas na fila aguardando o noivo ser atendido. “Falou que só tem um médico atendendo, um médico que chegou às 20h, os dois que tinham foram embora. (o atendimento) estimado é de uma hora e meia. É mentira, a gente está aqui há mais de quatro horas”, disse Rafaela dos Santos.
A demora no atendimento também revoltou a nutricionista Cláudia Rodrigues Gonçalves. “Meu pai chegou aqui há três horas e meia com a pressão arterial dele 17 por 12, e até agora ele está sem atendimento. Fizeram o teste de glicose no dedo dele, sendo que o problema dele era de pressão. Se tiver que acontecer alguma coisa pior com ele acontece, a gente está aqui entregue”, disse a nutricionista.
Secretaria nega demoraEm nota, a Secretaria estadual de Saúde negou que houve demora no atendimento na transferência do paciente Adilson Paim. Segundo a secretaria, o aposentado passou por uma avaliação clínica na UPA, onde foi indicada uma tomografia a ser realizada no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, no subúrbio. Ainda segundo a secretaria, tão logo foi pedido o exame, uma ambulância foi chamada para o transporte e o hospital avisado que o paciente estava sendo encaminhado. No entanto, a família decidiu que o traslado seria feito em uma ambulância particular.
A superintendente de unidades da Secretaria estadual de Saúde, Valéria Moll, informou que uma equipe médica da UPA acompanhou o paciente na ambulância particular.
A superintendente disse ainda que não há falta de médicos na UPA de Irajá. Segundo ela, há cinco socorristas e quatro pediatras na unidade e que apenas um dos profissionais se ausentou por conta da transferência do paciente.
A secretaria informou, ainda, que um médico da UPA e retornou para a unidade após o exame. O procedimento, segundo a nota, varia de acordo com a gravidade dos pacientes. Os casos de urgência são prioridade, mas todos serão atendidos.
fonte: g1.com.br

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