Pacientes da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Irajá, no subúrbio do Rio, reclamam da demora do atendimento médico na unidade. Durante toda a noite de quarta-feira (28) o movimento foi intenso na UPA.
Adílson Paim, de 65 anos, ficou dois dias internado na UPA, conforme mostrou o Bom Dia Rio. A família do aposentado reclama que não havia ambulância para que ele fosse transferido para um hospital.
Antes de ser levado para a UPA, Adílson passou mal em casa e foi socorrido por familiares.
Antes de ser levado para a UPA, Adílson passou mal em casa e foi socorrido por familiares.
“Nós queremos uma solução para o caso do meu pai. Ele chegou aqui lúcido, andando e nesse horário ele ainda não foi transferido porque eles estão alegando que não tem nenhuma vaga no hospital público, que não tem ambulância para fazer a remoção dele para qualquer outra unidade”, desabafou Rodrigo Paim, filho do paciente. Adílson Paim foi transferido no fim da noite de quarta, segundo a própria família.
Rafaela dos Santos ficou quatro horas na fila aguardando o noivo ser atendido. “Falou que só tem um médico atendendo, um médico que chegou às 20h, os dois que tinham foram embora. (o atendimento) estimado é de uma hora e meia. É mentira, a gente está aqui há mais de quatro horas”, disse Rafaela dos Santos.
A demora no atendimento também revoltou a nutricionista Cláudia Rodrigues Gonçalves. “Meu pai chegou aqui há três horas e meia com a pressão arterial dele 17 por 12, e até agora ele está sem atendimento. Fizeram o teste de glicose no dedo dele, sendo que o problema dele era de pressão. Se tiver que acontecer alguma coisa pior com ele acontece, a gente está aqui entregue”, disse a nutricionista.
Secretaria nega demoraEm nota, a Secretaria estadual de Saúde negou que houve demora no atendimento na transferência do paciente Adilson Paim. Segundo a secretaria, o aposentado passou por uma avaliação clínica na UPA, onde foi indicada uma tomografia a ser realizada no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, no subúrbio. Ainda segundo a secretaria, tão logo foi pedido o exame, uma ambulância foi chamada para o transporte e o hospital avisado que o paciente estava sendo encaminhado. No entanto, a família decidiu que o traslado seria feito em uma ambulância particular.
A superintendente de unidades da Secretaria estadual de Saúde, Valéria Moll, informou que uma equipe médica da UPA acompanhou o paciente na ambulância particular.
A superintendente disse ainda que não há falta de médicos na UPA de Irajá. Segundo ela, há cinco socorristas e quatro pediatras na unidade e que apenas um dos profissionais se ausentou por conta da transferência do paciente.
A secretaria informou, ainda, que um médico da UPA e retornou para a unidade após o exame. O procedimento, segundo a nota, varia de acordo com a gravidade dos pacientes. Os casos de urgência são prioridade, mas todos serão atendidos.
fonte: g1.com.br
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